O canadense Dr. Claude Bouchard, maior referência mundial em genética do esporte, diz que a falta de mobilidade causa obesidade e doenças cardiovasculares. Que tal trabalhar em pé?
Ficar sentado durante muito tempo, falta de exercício e condicionamento físico estão entre os piores males que afetam a humanidade – diz, Dr. Bouchard. Ele fala sobre recentes estudos que sugerem que ficar em pé, ao invés de sentado, pode resultar em mudanças rápidas e positivas nos marcadores de saúde. E faz uma associação entre o tempo gasto sentado e o aumento do risco de mortalidade.
Existem diversos mecanismos biológicos através dos quais o tempo gasto em pé pode auxiliar na diminuição de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. Ficar de pé possui impacto metabólico principalmente no controle glicêmico e metabolismo de lipoproteínas.
Uma pessoa de 70kg gasta 73kcal por hora sentada, contra 173kcal em pé. Levantar-se a cada 30 minutos resulta em uma resposta glicêmica 11% menor comparando a ficar sentado todo o tempo
Além de todos os impactos metabólicos, ficar em pé também está associado com uma redução no ganho de peso modesta, mas consistente com o aumento do gasto energético.
A SOLUÇÃO ENTÃO É TRABALHAR EM PÉ?
Como conta a geneticista Lia Kubelka, algumas empresas na área de saúde e tecnologia estão sim testando essa possibilidade, com baias de trabalho altas para deixar o funcionário em pé.
Mas especialistas de outras áreas não concordam com essa solução. Para a ortopedista Ana Paula Simões, passar o dia todo em pé gera sobrecarga nas articulações e sistema vascular, o que pode criar mais problemas do que soluções.
– Ficar em pé não é fazer exercício e pode gerar problemas como trombose, varizes e sobrecarga de joelho, tornozelos e quadris. Depois de um tempo parada na mesma posição a pessoa tende a transferir o peso de uma perna para a outra, o que gera uma báscula no quadril – explica.
A melhor solução parece ser ter baias de trabalho bem ajustadas às medidas dos usuários, e fazer intervalos regulares para caminhadas curtas no ambiente de trabalho. Além de exercícios de ao menos 30 minutos por dia.
– Um intervalo de três minutos a cada hora de trabalho é suficiente para evitar o encurtamento da musculatura e a rigidez articular, que acontecem em quem passa o dia inteiro sentado. O gasto calórico, no entanto, é baixo, este deve ser melhorado com exercícios de no mínimo 150 minutos por semana – concordam a ortopedista e a geneticista.
E quando estiver sentado, acerte a postura para evitar problemas musculares e articulares, seguindo as orientações da fisioterapeuta Raquel Castanharo.Sempre levando em consideração a ergonomia, a Projedata pratica ações que visam a aumentar a qualidade de vida de seu colaborador, tais como postos de trabalho adaptados a cada pessoa, ginástica laboral, yoga, parceria com academias, incentivo a prática desportiva, acessórios ergonômicos, etc. A saúde é nossa maior riqueza, vamos preservá-la!