Os momentos de dificuldade também são oportunidades de realizar ações de solidariedade. Foi com isso em mente que as diretorias de um grupo de empresas de software, composto pelo Attornatus, Portaria do Futuro, Projedata e Prothera, decidiram fazer a sua parte em meio a pandemia do coronavírus.
A ideia, desde o início, era ajudar de alguma forma os dois cenários mais afetados: o sistema de saúde e a geração de renda regional. Para o primeiro caso, foi contactada a Secretaria de Saúde do município de Tubarão, onde fica localizada uma das unidades da empresa, para fazer o levantamento dos materiais que mais eram necessários.
A partir da relação, foram compradas de um fornecedor tubaronense 500 máscaras de acetato para proteção facial, que são Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizados por médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem, dentistas, entre outros profissionais que têm contato com a população, durante o atendimento aos pacientes para evitar contágio. O principal benefício do material é a possibilidade de higienização e reutilização, diferente das máscaras descartáveis tradicionalmente usadas pelos profissionais da saúde e que têm sido difíceis de encontrar devido a alta demanda. Além disso, também serão doados 400 litros de álcool gel.
Segundo o diretor Ronaldo Fontana, parte da inspiração veio do desejo de retribuir para a sociedade a prosperidade. “O que se espera de boas empresas é que elas entendam a necessidade não somente da doação, mas do exemplo que elas podem dar para incentivar a mesma iniciativa em outras empresas e pessoas”, complementa.
A segunda parte da ação foi a compra de 400 máscaras de tecido de uma costureira local. Neste caso, elas serão entregues para os próprios colaboradores. “Cada um receberá quatro unidades para que possam respeitar o limite de horas de uso. A ideia é utilizarem quando voltarmos ao escritório, já que a previsão da pandemia é durar mais alguns meses”, explica Ronaldo.
Atividades da empresa permanecem durante quarentena
As empresas foram pegas de surpresa. Da noite para o dia, quando foi decretada a quarentena, foi necessário migrar mais de cem profissionais para operar em home office, especialmente porque a maior parte das operações corresponde a fornecer software para atividades essenciais. Ainda assim, nem toda a operação foi possível manter com o isolamento social, especialmente aquelas relacionadas a trabalho que exige viagens e atendimentos presenciais.
O diretor reitera o compromisso da empresa em fazer tudo que é possível para não interromper nenhuma das atividades, desde que a saúde dos colaboradores fique protegida. “Entendemos que esse deve ser o propósito de todas as empresas e pessoas, operar na menor possibilidade de interrupção para não desorganizar o sistema econômico vigente, porque tudo está conectado. Outro de nossos propósitos é que consigamos passar por essa crise blindando nossas equipes, de modo que eles possam manter integramente suas condições de emprego e remuneração”, assegura.