“Os homens não são somente eles; são também a região onde nasceram, a fazenda ou o apartamento da cidade onde aprenderam a andar, os brinquedos que brincaram quando crianças, as lendas que ouviram dos mais velhos, a comida que se alimentaram, as escolas que frequentaram, os esportes em que se exercitaram, os poetas que leram e o Deus em que acreditaram.”
A citação acima é da obra “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham. Dentre a série de interpretações e desdobramentos possíveis, um dos significados é que cada pessoa, mesmo compondo um ambiente compartilhado com outras, é única e, portanto, possui sua própria identidade, valores e ideais. Dentro do contexto de uma empresa, pode-se imaginar o que se forma juntando essa pluralidade de seres.
É nesse mar de personalidades que mora o desafio de alinhar a cultura organizacional com a equipe. Afinal, cada um já possui suas próprias crenças, limitações e aspirações. Em toda interação entre os colaboradores, em reuniões com gestores e diretores, assim como durante eventos e ações, aquilo que costuma ficar pregado em um quadro na parede, deve ser colocado em prática.
Na Projedata defendemos o conceito de ser uma empresa feita por pessoas e para pessoas. Para sustentar isso, há um foco muito grande nos indivíduos. Os valores defendidos incluem o sentimento de pertença, ou seja, sentir-se parte, respeitar as diferenças e agir com respeito.
Ainda que o momento atual da sociedade seja o mais evoluído em que já estivemos, algumas sombras do passado podem permanecer. No artigo “Vivemos um apartheid corporativo. Mas quem percebe?”, de Amanda Costa, a autora relata como ainda existe discriminação nas mais variadas formas dentro das instituições.
Isso é um espelho de como a sociedade trata temas como racismo, homofobia, machismo e intolerância religiosa, com uma enorme bagagem histórica por trás para suportar. Termos derivados de preconceito e ódio permanecem no vocabulário cotidiano sem nenhum questionamento.
O artigo inspirou a Projedata a criar sua própria campanha interna, visando a conscientização dos colaboradores de termos que, embora populares, não devem ser utilizados. Afinal, o primeiro passo para se tornar uma pessoa melhor, e consequentemente um profissional melhor, é o reconhecimento das próprias oportunidades de melhoria como tal e a desconstrução de ideias pré-concebidas, dando lugar assim para empatia e novos olhares.
Durante muito tempo havia uma utopia que as pessoas deveriam separar seu lado pessoal do profissional, como se os pensamentos e sentimentos humanos fossem tão simples quanto livros sendo colocados em uma estante. Hoje tem-se uma aceitação maior que os “cenários” que nos compõem são como um maestro conduzindo a orquestra. O pai, irmão, filha, prima, amigo, cidadão, trabalhador, entre todos os outros papéis que desempenhamos, tentando acompanhar tudo com a melhor harmonia possível.
Para a Projedata, se sentir à vontade para ser genuíno em sua identidade é um dos passos que permite se sentir a vontade com suas ideias também. Apenas nesse tipo de ambiente é possível desenvolver uma cultura de inovação. Respeitando a individualidade de cada pessoa, começando pela forma que comunicamos.