O setor de recursos humanos, sem dúvida alguma, vem passando por constantes mudanças, principalmente para acompanhar as novidades tecnológicas e se tornar mais competitivo perante as demandas de mercado. A vinda da pandemia do novo coronavírus fez com que tudo se transformasse de uma maneira ainda mais rápida que o normal.
Para muitos o modelo home office, por exemplo, era uma realidade distante. Todavia, o distanciamento social exigiu que, sem planejamento, nos adaptássemos direto na prática. Isso levantou várias dúvidas para as lideranças: o que fazer agora? Como saber se o modelo atende as necessidades do colaborador e da empresa?
Independentemente da decisão que for tomada, será necessário realizar análises e construções constantes deste modelo novo. Para organizar esses planejamentos, o primeiro passo pode ser a criação de um comitê de home office. Devem ser envolvidos os gestores e outros colaboradores que poderão agregar em questões mais específicas – como da área de processos e o setor jurídico.
A ideia deste grupo é definir diretrizes de pesquisa para o modelo de trabalho em casa, a fim de analisar o mercado e ver como outras organizações estão operando, sejam nos recrutamentos virtuais, até a oferta de trabalho em formato home office e os benefícios oferecidos.
A partir disso, a empresa precisará criar diretrizes para a viabilização desta modalidade de trabalho. Por exemplo, os cuidados com ergonomia, uma vez que trabalhando em casa não será possível fiscalizar o posto de cada colaborador. A definição das condutas, seja oferecendo um kit ergonômico ou materiais de orientação, oferece os meios necessários para que o bem-estar da equipe seja garantida.
Outro tópico de extrema importância é a segurança da informação, uma vez que trabalhando em formato home office, precisamos garantir que todas as informações ao qual o colaborador precisa ter acesso estão realmente seguras. Esse ponto exige analisar como será feito com as ferramentas de trabalho, se serão fornecidas ou ficarão sob responsabilidade de cada indivíduo.
Estes são alguns questionamentos que devem ser trabalhados dentro do comitê, a fim de criar um cenário que seja competitivo ao mercado, mas que esteja dentro da realidade física e financeira da empresa. Ao colocar as definições em prática, poderão surgir imprevistos ou novas demandas, por isso a importância de manter encontros periódicos com o grupo para realizar acompanhamento do cenário.
Até fevereiro deste ano a realidade do home office poderia parecer um objetivo inalcançável, até que deixou de ser uma opção para se transformar no “novo normal”. Toda a etapa de contratação, bem como o processo de integração e feedbacks, necessita de uma análise constante para aprimorar os processos e evoluir dentro do formato.